sexta-feira, 26 de abril de 2013

Trem da Ilusão


TREM DA ILUSÃO

Nestor de Oliveira Filho

1) O trem-de-ferro chegou na estação
E o maquinista começou apitar
Matei a saudade do meu coração
Pois, de trem-de-ferro eu fui viajar.

(refrão)
Funk, funk, funk o trem saiu mansinho.
Rangendo nos trilhos e soando o apito.
Desaparecendo nas curvas do caminho,
Nas belas paisagens daquele infinito.(bis)

2) Alegria e festa eu levei na bagagem,
Mamãe e papai ao meu lado estão.
Assim memorizei esta bela imagem
Naquele comboio houve grande emoção.

3) Tudo é fantasia, o sonho é de criança.
A realidade eu ainda não falei.
Antes de chegar no destino esperado,
Que infelicidade, neste instante acordei.

04/05/2002 NOF

sábado, 20 de abril de 2013

Seguir Jesus


Papa Francisco sobre cristãos que vivem a fé segundo seus critérios: "Cristão mornos, cristãos 'satélites', não fazem a Igreja crescer. Esta não é a Igreja de Jesus"
Cidade do Vaticano (RV) – “Cristãos mornos são aqueles que querem construir uma igreja na própria medida, mas esta não é a Igreja de Jesus”. Foi o que afirmou o Papa Francisco durante a Missa celebrada na Capela da Casa Santa Marta na manhã deste sábado. Estavam presentes os voluntários do Dispensário Pediátrico ‘Santa Marta’, no Vaticano, confiado às Filhas da Caridade de São Vicente de Paula, que há 90 anos trabalham com crianças e famílias necessitadas de Roma, sem distinção de religião ou nacionalidade. Ao lado do Papa, como coroinhas, duas crianças.

Refletindo sobre a leitura dos Atos dos Apóstolos, Papa Francisco disse: “A primeira comunidade cristã, depois da perseguição, vive um momento de paz, se consolida, caminha e cresce ‘no temor do Senhor e com a força do Espírito Santo’ “. E é nesta atmosfera que respira e vive a Igreja, chamada a caminhar na presença de Deus e de modo irrepreensível.

Então acrescentou: “É um estilo da Igreja. Caminhar no temor do Senhor é um pouco o sentido da adoração, da presença de Deus, não? A Igreja caminha assim e quando estamos na presença de Deus não fazemos coisas erradas e nem tomamos decisões erradas. Estamos diante de Deus. Também com a alegria e a felicidade: esta é a força do Espírito Santo, isto é o dom que o Senhor nos deu – esta força – que nos faz andar em frente”.

No Evangelho proposto pela liturgia de hoje, muitos discípulos acham muito dura a linguagem de Jesus, murmuram, se escandalizam e por fim abandonam o mestre. “Estes – disse o Santo Padre -, se afastaram, foram embora, porque diziam ‘este homem é um pouco estranho, diz coisas que são muito duras e não podemos com isto….É um risco muito grande seguir este caminho. Temos bom senso, não é mesmo? Andemos um pouco atrás e não tão próximos a ele’. Estes, talvez, tivessem alguma admiração por Jesus, mas um pouco de longe: não queriam se misturar muito com este homem, porque ele diz coisas um pouco estranhas...”.

“Estes cristãos – recordou Francisco - não se consolidam na Igreja, não caminham na presença de Deus, não tem a força do Espírito Santo, não fazem crescer a Igreja”. “São cristãos de bom senso,- acrescentou – somente isto. Tomam distância. Cristãos, por assim dizer, ‘satélites’, que tem uma pequena Igreja, na sua própria medida. Para usar as mesmas palavras que Jesus usou no Apocalipse, ‘cristãos mornos’. Esta coisa morna que acontece na Igreja….Caminham somente na presença do próprio bom-senso, do senso comum...aquela prudência mundana: esta é uma tentação justo da prudência mundana”.

Na homilia, Papa Francisco recorda dos tantos cristãos “que neste momento dão testemunho, em nome de Jesus, até o martírio”. "Estes – afirma – não são cristãos satélites, porque vão com Jesus, no caminho de Jesus”. “Estes sabem perfeitamente aquilo que Pedro disse ao Senhor, quando o Senhor lhe faz a pergunta: ‘Também vocês querem ir embora, serem ‘cristãos satélites’? Responde-lhe Simão Pedro: ‘Senhor, a quem iremos, só tu tens palavras de vida eterna’. Assim, um grupo grande se torna um grupo um pouco menor, mas daqueles que sabem perfeitamente que não podem ir a outro lugar, porque somente Ele, o Senhor, tem palavras de vida eterna”.

O Papa conclui sua reflexão com esta oração: “Oremos pela Igreja, para que continue a crescer, a consolidar-se, a caminhar no temor de Deus e com a força do Espírito Santo. Que o Senhor nos liberte da tentação daquele ‘bom senso’, da tentação de murmurar contra Jesus, porque Ele é muito exigente e, da tentação do escândalo. E assim por diante...”.

(JE)

Texto proveniente da página http://pt.radiovaticana.va/news/2013/04/20/papa_francisco_sobre_crist%C3%A3os_que_vivem_a_f%C3%A9_segundo_seus_crit%C3%A9rios/bra-684870
do site da Rádio Vaticano

sábado, 13 de abril de 2013

O caso Galileu Galilei


O caso Galileu Galilei – Parte 1

Pesa contra a Igreja a acusação de ter condenado o físico italiano Galileu Galilei de maneira injusta. É importante, antes de tudo, esclarecer os fatos dentro do contexto da época, pois sem isso a interpretação histórica fica totalmente deformada.

Durante cerca de quatro séculos, por causa de uma divulgação distorcida e mal intencionada, anti-Igreja Católica, muitas pessoas, especialmente estudantes, pensam que Galileu foi um “mártir” da ciência e que a Igreja foi o carrasco e inimiga do progresso humano e da ciência. O caso Galileu ficou como se fosse o símbolo da rejeição, por parte da Igreja, do progresso científico, ou então do obscurantismo dogmático oposto à ciência. Este mito teve um efeito cultural imenso e fez com que muitos cientistas de boa fé aceitassem a idéia errada de que havia incompatibilidade entre a ciência e a fé cristã.

Por isso, vamos examinar aqui este caso:

Na verdade, o processo de Galileu nem se tratou de um conflito entre ciência e religião, mas foi uma crise interna na Igreja.

Um Simpósio realizado na Universidade Católica de Washington, em 1982, a respeito do caso de Galileu, relatado pelo o repórter Philip J. Hills no jornal Washington Post em artigo transcrito pelo “Latin america Daily Post” de 5/10/1982, nos ajuda a entender melhor a opinião dos cientistas sobre o caso Galileu. O Simpósio foi denominado “Reinterpretando Galileu”. Entre outros astrônomos participarm do Simpósio Oven Gingerich, astrônomo de Harvard, o Padre William Wallace, dominicano da Universidade Católica e o polonês Joseph Zycinski.

Os intelectuais aí reunidos, revendo o famoso caso Galileu, do século XVII, destacaram o fato de que a tese heliocêntrica de Galileu não podia apresentar em seu favor razões convincentes na época; Galileu julgava que o fluxo das marés seria a prova da revolução da Terra em torno do Sol, quando na verdade se sabe que as marés se devem à força da gravidade da Lua. Sem argumentos sólidos a tese de Galileu só podia parecia errônea aos teólogos do século XVII, para quem o geocentrismo tinha não somente base científica, mas também autoridade incutida pelas páginas bíblicas (cf. Js 10,12s). É preciso, então, entender a atitude da repulsa a Galileu na época a partir das circunstâncias da época, e não em função de dados que só mais tarde foram definitivamente reconhecidos.

Os intelectuais fizeram várias afirmações contrárias à crença popular, entre elas:

1 – “Galileu não foi acusado nem condenado por heresia. Galileu não foi torturado, nem lhe foram mostrados os instrumentos de tortura.

2 – O ponto de debate no processo não foi estritamente de ignorância religiosa versus verdade científica: a verdade científica em si mesmo, naquela época, era obscura e equívoca.

3 – E, depois de Galileu concordar em dizer que não acreditava na terra em movimento e no sol parado, provavelmente não pronunciou, como diz a lenda, as provocadoras palavras: “E, contudo, ela se move!”

4 – “De fato (disse Gingerich), seria difícil para a Igreja achar Galileu inocente. Ele foi apenas acusado de desobedecer a uma ordem da Igreja, e está fora de dúvida que realmente desobedeceu”.

“Não havia simplesmente prova de que o modelo heliocêntrico de Galileu e de Copérnico fosse melhor do que o modelo popular geocêntrico demonstrado por Tycho Brahe. E o sistema da Brahe tinha a vantagem de não se opor à Escritura nem à doutrina da Igreja.

Assim, pelos conhecimentos da época (disseram os intelectuais no Simpósio), houve justificativa para o processo, porque descobriram que Galileu desobedeceu às ordens da Igreja, e por acreditarem que Galileu não dispunha de elementos claros para demonstrar que o sol era o centro do universo. Disse ao astrônomo Wallace que Galileu acreditava muito bem que obteria finalmente provas cabais do sistema heliocêntrico. Mas na época do processo, quando contava cerca de cinquenta anos, Galileu sabia que não tinha argumentos para provar o seu ponto de vista.

Pretendia, portanto, abalar um grande edifício de ciência e fé, que durava vinte séculos (desde Ptolomeu!), sem ter razões convincentes. Com efeito, diz o articulista, Galileu tencionava provar sua tese a partir do fenômeno das marés: estas seriam devidas ao giro da Terra e às revoluções do nosso planeta em torno do Sol. Ora sabe-se que as marés não são causadas pelo movimento da Terra, mas pela força da gravidade da Lua. Os outros argumentos do cientista eram insuficientes para provar o heliocentrismo.

Para sermos justos temos que procurar entender os homens do século XVII a partir das premissas e dos referenciais que para eles eram válidos, e não a partir dos parâmetros que consideramos válidos hoje.

Galileu parecia especialmente inoportuno aos teólogos do século XVII, pelo fato de que não se limitava a afirmar proposições de astronomia, mas introduzia-se no setor da exegese bíblica, tentando assim convencer os teólogos.

A oposição dos teólogos e do Sumo Pontífice à tese de Galileu não compromete a infalibilidade do magistério da Igreja, que se refere apenas aos temas de fé e de Moral.

Em 03/07/1981, o Papa João Paulo II nomeou uma Comissão de teólogos, cientistas e historiadores, a fim de aprofundarem o exame do caso Galileu. Esta Comissão estudou o assunto e, após onze anos de trabalho, apresentou seus resultados ao Papa. Este então, perante a Pontifícia Academia de Ciências do Vaticano, proferiu um discurso, aos 31/10/1992, 350.º aniversário da morte de Galileu, em que reconhecia o erro dos teólogos contemporâneos a Galileu por parte do Santo Ofício em 1633.

Mas ao mesmo tempo o Papa chamou a atenção para a dificuldade que os homens do século XVII deviam experimentar, para aceitar a tão revolucionária teoria de Galileu; era preciso que, de um lado, se fixassem novos critérios de hermenêutica bíblica e, de outro lado, a proposição heliocêntrica se corroborasse com argumentos ainda mais sólidos do que os que Galileu podia apresentar.

Entre outras coisas disse o Papa em seu discurso [L`Osservatore Romano]:

“Galileu rejeitou a sugestão de apresentar o sistema de Copérnico como uma hipótese, até ser confirmado por provas irrefutáveis. Tratava-se de uma exigência do método experimental, do qual ele foi o iniciador genial.”

“O problema que os teólogos da época se puseram era o da compatibilidade do heliocentrismo e da Escritura. A ciência nova, com os seus métodos e a liberdade de investigação que eles supõem, obrigava os teólogos a interrogarem-se sobre os seus próprios critérios de interpretação da Escritura. A maioria não o soube fazer. Paradoxalmente, Galileu, fiel sincero, mostrou-se sobre este ponto mais perspicaz do que os seus adversários teólogos. Se a Escritura não pode errar, escreve ele a Benedetto Castelli (em 1613), alguns dos seus intérpretes e comentaristas o podem e de muitas maneiras. Também é conhecida a sua carta à Cristina de Lorena (em 1615), que é como que um pequeno tratado de hermenêutica bíblica.”

“A maioria dos teólogos não percebia a distinção formal entre a Escritura Sagrada e a sua interpretação, o que os levou a transpor indevidamente para o campo da doutrina da fé uma questão, de fato relevante, da investigação científica.”

“Recordemos a frase célebre atribuída a Baronio: O Espírito Santo quer nos dizer como se vai para o céu; não como vai o céu.”

“Belarmino, que tinha percebido o que estava realmente em jogo no debate, considerava que, diante de eventuais provas científicas do movimento orbital da Terra ao redor do Sol, devíamos interpretar, com uma grande circunspecção, toda a passagem da Bíblia que parece afirmar que a Terra é imóvel, e “dizer que não o compreendemos, antes de afirmar que é falso o que se demonstra” (Carta ao Pe. A. Foscarini, 12/04/1615)”.

O Papa João Paulo II recordou um fato histórico importante: Galileu já tinha sido reabilitado por Bento XIV em 1741, com a concessão do “Imprimatur” à primeira edição das obras completas de Galileu. Em 1757, as obras científicas favoráveis à teoria heliocêntrica foram retiradas do “Index” de livros proibidos. Em 1822, Pio VII(1800-1823) determinou que o “Imprimatur” podia ser dado também aos estudos que apresentavam a teoria copernicana como tese.

Hoje já não há mais dificuldade de se conciliar a fé com a ciência, pois os estudiosos tomaram consciência de que a Bíblia não pretende ensinar ciências naturais, mas se refere aos fenômenos da natureza usando uma linguagem familiar pré-científica, suficiente para exprimir a mensagem religiosa que a Escritura Sagrada quer ensinar. Naquele tempo não havia essa clareza sobre as Sagradas Escrituras.

Em 1741, diante da prova ótica da revolução da Terra em torno do Sol, Bento XIV (1740-1758) se empenhou para que o Santo Ofício desse o Imprimatur à primeira edição das obras completas de Galileu. Foi preciso, no entanto, que passassem mais de 150 anos para se encontrarem as provas óticas e mecânicas da mobilidade da Terra. Somente em 1851, é que Foucault conseguiu provar o movimento de rotação da Terra, com um pêndulo dependurado do teto do Panteon de Paris, que oscila em um plano fixo enquanto a Terra gira. Isto mostra como era difícil a teoria de Galileu ser aceita na época.

Muitos erros e mentiras são propagados sobre o Caso Galileu: alguns dizem erroneamente que ele foi condenado na Idade Média. Ora, a Idade Média vai até meados do século XV, com a queda de Constantinopla nas mãos dos otomanos (1476), e Galileu só nasceu em 1564, um século após o término da Idade Média. Dizem que ele foi condenado por dizer que a Terra era redonda. Mas já na antiga Grécia isto era admitido por Pitágoras (século VI a.C.) e seus discípulos falavam da esfericidade da Terra, da Lua e do Sol, bem como da rotação da Terra. A expedição de circunavegação da Terra feita por Fernão de Magalhães, em 1521, foi prova da esfericidade da Terra.

Outros, enganados, dizem que Galileu foi o autor da teoria heliocêntrica (Sol no centro do Sistema Solar). Esta teoria começou com Aristarco de Samos, no século III a.C., cerca de 1.900 anos antes de Galileu. Outros dizem que Galileu foi condenado porque defendia o sistema heliocêntrico. Na verdade ele foi condenado por causa do “modo” como o defendia e não pelo que defendia.

O Renascimento do século XVI foi afirmando os valores do homem em termos mais autônomos. No início do século XVII, certa mentalidade leiga, mesmo atéia, começava a inquietar os homens da época. A ciência havia progredido bastante no século XVI; já se apoiava em observações precisas, com métodos novos, deixando de lado as suposições não reais, como eram as conclusões baseadas na Filosofia e na Física medievais quando não se tinha aparelhos de medidas.

Afinal, a Idade Média tinha-lhes deixado a imprensa; Colombo descobriu um novo mundo, Galileu novas estrelas, o uso dos canhões, da bússola, dos moinhos, das armas de fogo, etc. A humanidade saída da Idade Média começava, então, a se julgar adulta e deixar a “dependência de Deus”. Muitos se entusiasmavam com a ciência de forma quase absoluta como os céticos representados por Michel de Montaigne (1533-1592), que atacavam as tradicionais concepções cristãs. Montaigne peregrinava pelos grandes santuários da Europa, mas, como dizia um seu contemporãneo, o Pe. Garasse S.J., “sufocava suavemente, como que com um cordel de seda, o senso religioso”, mediante as suas proposições ambíguas.

É claro que essa nova realidade começou a preocupar as autoridades da Igreja, acostumadas ao mundo da “Cristandade”; e nos casos de flagrante impiedade e ateísmo, reagiam fortemente, desconfiando da nova ciência, movidas pelo desejo de preservar a verdade e os valores da fé e da cultura. Daí o questionamento que a Igreja fez a Montaigne e a outros pensadores da época.

Na verdade, esta época foi um período de transição e de incertezas onde os valores novos se misturavam com os tradicionais, havendo conflitos até se chegar a uma síntese saudável.

Foi neste ambiente de certa reação contra a fé, reação encabeçada por uma ciência aparente, que viveu Galileu Galilei (1564-1642).

Com a invenção do telescópio, Galileu fez muitas descobertas, como as manchas do Sol, as crateras da Lua, a Via Láctea ser constituída por um grande número de estrelas; Júpiter possui Luas (Galileu descobriu quatro), o que demonstrava que a Terra não era o centro de tudo; Vênus tem fases como a Lua, e outras que lhe mostravam a certeza do Sol no centro do Sistema Solar, confirmando a tese de Copérnico.

Galileu publicou estas descobertas em 1610 e isto lhe deu muita popularidade. Entre os que o admiravam estavam o astrônomo protestante Kepler e o famoso matemático jesuíta Clavius.

No século XV, por não conseguir explicar uma série de fenômenos, a teoria geocêntrica (Terra no centro) foi abandonada, retomando-se a teoria heliocêntrica pelo Padre Nicolau Copérnico, nascido na Polônia, em 14/02/1493, e falecido em Frauenburg, Polônia, em 24/05/1543.

Padre Copérnico estudou astronomia e matemática na Universidade Católica de Cracóvia e, por três anos, Direito Canônico em Bolonha, Itália. Estudou também nas Universidades de Roma, Pádua e Ferrara. Em 1501 tornou-se cônego da Catedral de Frauenburg, cidade onde fez suas observações astronômicas. Apresentou o sistema heliocêntrico de Aristarco, com modificações, em dois trabalhos: “Comentários sobre as Hipóteses da Constituição do Movimento Celeste”, em 1530; e “Sobre a Revolução dos Corpos Celestes”, em 1543.