Jardineira Amarela
Neste amanhecer me veio à lembrança,
Meu tempo de infância e quase chorei.
Naquela estrada, paisagem tão bela,
Jardineira amarela que tanto viajei.
Rompia na chuva aquela barrera,
Na seca a poeira a estrada encobria.
Entre arvoredos e o cheiro do mato,
A ponte e o regato, quanta alegria.
Jardineira amarela cumprindo o horário,
No itinerário do seu vai e vem.
Bairro Monte Belo, destino Colina,
Por entre campina, lotação quase cem!?
Um dia a sorte marcou meu destino,
Ainda menino no ponto a esperar.
Jardineira amarela, só uma passagem,
Minha última viagem, não vou regressar...
A casinha branca, meu belo torrão,
Naquele grotão ainda podia ver,
Nas curvas da estrada que a jardineira fazia,
Pra mim parecia que eu ia morrer.
Da jardineira amarela restou só saudade,
Pois a modernidade assim conspirou.
No dia marcado, sua última viagem,
Na sua bagagem só a história restou.
Americana, 22 de maio de 2009
Nestor de Oliveira Filho
Neste amanhecer me veio à lembrança,
Meu tempo de infância e quase chorei.
Naquela estrada, paisagem tão bela,
Jardineira amarela que tanto viajei.
Rompia na chuva aquela barrera,
Na seca a poeira a estrada encobria.
Entre arvoredos e o cheiro do mato,
A ponte e o regato, quanta alegria.
Jardineira amarela cumprindo o horário,
No itinerário do seu vai e vem.
Bairro Monte Belo, destino Colina,
Por entre campina, lotação quase cem!?
Um dia a sorte marcou meu destino,
Ainda menino no ponto a esperar.
Jardineira amarela, só uma passagem,
Minha última viagem, não vou regressar...
A casinha branca, meu belo torrão,
Naquele grotão ainda podia ver,
Nas curvas da estrada que a jardineira fazia,
Pra mim parecia que eu ia morrer.
Da jardineira amarela restou só saudade,
Pois a modernidade assim conspirou.
No dia marcado, sua última viagem,
Na sua bagagem só a história restou.
Americana, 22 de maio de 2009
Nestor de Oliveira Filho