sábado, 23 de maio de 2009

Jardineira Amarela



Jardineira Amarela

Neste amanhecer me veio à lembrança,
Meu tempo de infância e quase chorei.
Naquela estrada, paisagem tão bela,
Jardineira amarela que tanto viajei.

Rompia na chuva aquela barrera,
Na seca a poeira a estrada encobria.
Entre arvoredos e o cheiro do mato,
A ponte e o regato, quanta alegria.

Jardineira amarela cumprindo o horário,
No itinerário do seu vai e vem.
Bairro Monte Belo, destino Colina,
Por entre campina, lotação quase cem!?

Um dia a sorte marcou meu destino,
Ainda menino no ponto a esperar.
Jardineira amarela, só uma passagem,
Minha última viagem, não vou regressar...

A casinha branca, meu belo torrão,
Naquele grotão ainda podia ver,
Nas curvas da estrada que a jardineira fazia,
Pra mim parecia que eu ia morrer.

Da jardineira amarela restou só saudade,
Pois a modernidade assim conspirou.
No dia marcado, sua última viagem,
Na sua bagagem só a história restou.

Americana, 22 de maio de 2009
Nestor de Oliveira Filho

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Aparições de Nossa Senhora de Fátima



As Aparições de Nossa Senhora de Fátima
A 13 de maio de 1917, três crianças apascentavam um pequeno rebanho na Cova da Iria, freguesia de Fátima, concelho de Vila Nova de Ourém, hoje diocese de Leiria-Fátima. Chamavam-se Lúcia de Jesus, de 10 anos, e Francisco e Jacinta Marto, seus primos, de 9 e 7 anos.
Por volta do meio dia, depois de rezarem o terço, como habitualmente faziam, entretinham-se a construir uma pequena casa de pedras soltas, no local onde hoje se encontra a Basílica. De repente, viram uma luz brilhante. Julgando ser um relâmpago, decidiram ir-se embora, mas, logo abaixo, outro clarão iluminou o espaço, e viram em cima de uma pequena azinheira, onde agora se encontra a Capelinha das Aparições, uma Senhora mais brilhante que o sol, de cujas mãos pendia um terço branco.
A Senhora disse aos três pastorinhos que era necessário rezar muito e convidou-os a voltarem à Cova da Iria durante mais cinco meses consecutivos, no dia 13 e àquela hora. As crianças assim fizeram, e nos dias 13 de junho, julho, setembro e outubro, a Senhora voltou a aparecer-lhes e a falar-lhes, na Cova da Iria. A 19 de agosto, a aparição deu-se no sítio dos Valinhos, a uns 500 metros do lugar de Aljustrel, porque, no dia 13, as crianças tinham sido levadas pelo Administrador do Concelho, para Vila Nova de Ourém.
Na última aparição, a 13 de outubro, estando presentes cerca de 70.000 pessoas, a Senhora disse-lhes que era a Senhora do Rosário e que fizessem ali uma capela em Sua honra. Depois da aparição, todos os presentes observaram o milagre prometido às três crianças em Julho e Setembro: o sol, assemelhando-se a um disco de prata, podia fitar-se sem dificuldade e girava sobre si mesmo como uma roda de fogo, parecendo precipitar-se na terra.
Posteriormente, sendo Lúcia religiosa de Santa Doroteia, Nossa Senhora apareceu-lhe novamente na Espanha, a 10 de dezembro de 1925 e a 15 de fevereiro de 1926, no Convento de Pontevedra, e na noite de 13/14 de junho de 1929, no Convento de Tuy, pedindo a devoção dos cinco primeiros sábados e a Consagração da Rússia ao mesmo Imaculado Coração. Este pedido já Nossa Senhora o anunciara em 13 de julho de 1917, na parte já revelada do chamado Segredo de Fátima.
Anos mais tarde, a Irmã Lúcia conta ainda que, entre abril e outubro de 1916, tinha aparecido um Anjo aos três videntes, por três vezes, duas na Loca do Cabeço e outra junto ao poço do quintal da casa de Lúcia, convidando-os à oração e penitência.
Desde 1917, não mais cessaram de ir à Cova da Iria milhares e milhares de peregrinos de todo o mundo, primeiro nos dias 13 de cada mês, depois nos meses de férias de Verão e Inverno, e agora cada vez mais nos fins de semana e no dia-a-dia, num montante anual de quatro milhões.
Irmã Lúcia faleceu no Convento de Santa Teresa, em Coimbra, em 13 de fevereiro de 2005. A 19 de fevereiro de 2006 o seu corpo foi trasladado para a Basílica do Santuário de Fátima, onde foi sepultado ao lado da sua prima, a vidente Beata Jacinta Marto."
História sobre Fátima

sexta-feira, 1 de maio de 2009

DIA DAS MÃES

Homenagem á minha mãe.
GRANDE MULHER, MARIA PIRES DE OLIVEIRA...
Vejo aquela mulher, bem vestida, com seu vestido de chita, estampado, quando entra no templo (Capela de Nossa Senhora da Conceição Aparecida). Faz genuflexão, dirige-se à capela do Santíssimo. Ajoelha-se e reza. Depois se senta diante da imagem de Maria e reza o seu rosário. Garanto que pensa no filho de Maria e em toda a sua família.
Agora a vejo sentada na cama ao lado de seu filho, febril e com dores de dente, ansiosa, dando-lhe remédio caseiro para curá-lo. O filho ao sentir-se em seus braços percebe-a qual uma santa. Noutro momento vejo-a no fundo do quintal lavando roupas na biquinha (mina), enquanto o filho brinca em cima de uma árvore ao lado. Vejo-a, no curral, enfrentando uma vaca brava – de cria nova -, afasta o bezerro e tira o leite. Vejo-a também ao lado de seu marido no eito do cafezal carpindo e plantando, trajando blusa de brim com mangas longas, saiote comprido até aos pés, lenço estampado cobrindo parte do rosto, chapéu de palha na cabeça e nos pés um par de alpargatas. Continuo vendo esta forte mulher, agora, assoprando a brasa no fogão à lenha e ascendendo o fogo para cozinhar; nesta cena o filho está em cima do “rabo” do fogão para esquentar seu corpinho, pois sua roupa de frio é muito reles.
Outra vez vejo-a, agora toda empolgada frente ao espelho, passando pó-de-arroz, laquê e água-de-cheiro, - enquanto seu marido arreia o cavalo e prepara a charrete - é que hoje ela vai à cidade fazer compras. Também a vejo sentada junto à sua máquina de costura, cortando e costurando as chitas, fazendo roupas para a família toda.
Agora a vejo uma senhora de meia-idade, grávida de oito meses de seu oitavo filho, que desembarca na estação ferroviária – de uma cidade estranha - em busca de melhores condições de vida para sua família. Ela está consciente do grande desafio que à espera (com a mudança da roça para a cidade), mas, segue confiante, atravessa a avenida em frente da estação e vai cidade adentro até sua nova morada.
Também vejo esta mulher que, embora sendo muito religiosa e tendo muita confiança em Deus, se angustia e chora com o sofrimento do filho que saíra de manhã a procura de um trabalho, e volta à tarde sem o ter encontrado. Num outro momento vejo-a na porta do quarto do filho a dizer: Acorde filho. Está na hora. São cinco horas, a fábrica já apitou.
Continuo sempre vendo essa grande mulher abraçada ao seu filho, num abraço de bênção e de boas vindas, pois ele acabara de chegar da igreja após a cerimônia de seu casamento. Ao seu lado ele traz sua esposa que também é recebida como filha por essa grande mulher. Nesse abraço, mãe e filho choram de alegria e emoção.
Como tudo nesta vida passa, também essa mulher passa. Na U.T.I. de um hospital, ela que tanta vida dá aos seus, agora não responde à pergunta alguma. O filho tenta falar-lhe muitas coisas, mas, são poucas as palavras que saem. Ela sente, ela ouve; o seu coração de mãe percebe que o filho está ali ao seu lado, porém não tem mais forças para responder, somente duas lágrimas saem de seus olhos, provando que seu coração continua amando.
Novamente vejo-a enfeitada, bem vestida e com flores por todos os lados. Todos a beijam e pedem a sua bênção. Cobrem-na com um véu, fecham-se as cortinas: ADEUS... MÃE...!
Porém; - é teimosa a mente do filho - ele continua vendo essa grande mulher ao lado do seu berço, balançando-o e cantando aquela música de ninar: nana nenê, nenê não quer naná, nana nenê.........

Americana, 12 de junho de 2003
Nestor de Oliveira Filho

A Graça



A GRAÇA

(REFRÃO)Como a água que corre,
Como a fonte jorrando,
É a graça de meu Deus
Sempre nos abençoando. (bis)

Esta graça é divina.
Ela é tão cristalina.
Ela vem do meu Senhor.
Ela é força que constrói,
Faz do fraco um herói,
É fraternidade e amor.

Este amor sacrossanto
Deste Pai que ama tanto
É suavidade e luz.
Gesto nobre tão sublime
Grande Dom que nos redime
Enviai a nós, Jesus!

Vem do céu este alento
Penetra no pensamento
E enriquece o coração.
É tranqüilidade e calma
Alimenta a nossa alma
À buscar a salvação.

Americana, 02 de Maio de 2002
Nestor de Oliveira Filho