sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Sagrada Família - último domingo de dezembro



Sagrada Família

Se o Natal tiver sido ao domingo; não tendo sido assim, a Sagrada Família celebrar-se-á no domingo dentro da Oitava do Natal.


Da alocução de Paulo VI, Papa, em Nazaré, 5.1.1964:O exemplo de Nazaré:Nazaré é a escola em que se começa a compreender a vida de Jesus, é a escola em que se inicia o conhecimento do Evangelho.


Aqui se aprende a observar, a escutar, a meditar e a penetrar o significado tão profundo e misterioso desta manifestação do Filho de Deus, tão simples, tão humilde e tão bela.


Talvez se aprenda também, quase sem dar por isso, a imitá-la.


Aqui se aprende o método e o caminho que nos permitirá compreender facilmente quem é Cristo.


Aqui se descobre a importância do ambiente que rodeou a sua vida, durante a sua permanência no meio de nós: os lugares, os tempos, os costumes, a linguagem, as práticas religiosas, tudo o que serviu a Jesus para Se revelar ao mundo.


Aqui tudo fala, tudo tem sentido.


Aqui, nesta escola, se compreende a necessidade de ter uma disciplina espiritual, se queremos seguir os ensinamentos do Evangelho e ser discípulos de Cristo.


Quanto desejaríamos voltar a ser crianças e acudir a esta humilde e sublime escola de Nazaré!


Quanto desejaríamos começar de novo, junto de Maria, a adquirir a verdadeira ciência da vida e a superior sabedoria das verdades divinas!


Mas estamos aqui apenas de passagem e temos de renunciar ao desejo de continuar nesta casa o estudo, nunca terminado, do conhecimento do Evangelho.


No entanto, não partiremos deste lugar sem termos recolhido, quase furtivamente, algumas breves lições de Nazaré.


Em primeiro lugar, uma lição de silêncio.


Oh se renascesse em nós o amor do silêncio, esse admirável e indispensável hábito do espírito, tão necessário para nós, que nos vemos assaltados por tanto ruído, tanto estrépito e tantos clamores, na agitada e tumultuosa vida do nosso tempo.


Silêncio de Nazaré, ensina-nos o recolhimento, a interioridade, a disposição para escutar as boas inspirações e as palavras dos verdadeiros mestres.


Ensina-nos a necessidade e o valor de uma conveniente formação, do estudo, da meditação, da vida pessoal e interior, da oração que só Deus vê.


Uma lição de vida familiar.


Que Nazaré nos ensine o que é a família, a sua comunhão de amor, a sua austera e simples beleza, o seu caráter sagrado e inviolável; aprendamos de Nazaré como é preciosa e insubstituível a educação familiar e como é fundamental e incomparável a sua função no plano social.


Uma lição de trabalho.


Nazaré, a casa do Filho do carpinteiro!


Aqui desejaríamos compreender e celebrar a lei, severa mas redentora, do trabalho humano; restabelecer a consciência da sua dignidade, de modo que todos a sentissem; recordar aqui, sob este teto, que o trabalho não pode ser um fim em si mesmo, mas que a sua liberdade e dignidade se fundamentam não só em motivos econômicos, mas também naquelas realidades que o orientam para um fim mais nobre.


Daqui, finalmente, queremos saudar os trabalhadores de todo o mundo e mostrar-lhes o seu grande Modelo, o seu Irmão divino, o Profeta de todas as causas justas que lhes dizem respeito, Cristo Nosso Senhor.


João Paulo II, na Carta dirigida à família, por ocasião do Ano Internacional da Família, 1994, escreve:A Sagrada Família é a primeira de tantas outras famílias santas.


O Concílio recordou que a santidade é a vocação universal dos batizados (LG 40).


 Como no passado, também na nossa época não faltam testemunhas do "evangelho da família", mesmo que não sejam conhecidas nem proclamadas santas pela Igreja...


A Sagrada Família, imagem modelo de toda a família humana, ajude cada um a caminhar no espírito de Nazaré; ajude cada núcleo familiar a aprofundar a própria missão civil e eclesial, mediante a escuta da Palavra de Deus, a oração e a partilha fraterna da vida!


Maria, Mãe do amor formoso, e José, Guarda e Redentor, nos acompanhem a todos com a sua incessante proteção.

Sagrada Família de Nazaré, rogai por nós!

Fonte: Canção Nova

terça-feira, 29 de novembro de 2011

O PRESÉPIO


O PRESÉPIO HOJE


São Francisco e a história de uma tradição natalina




ROMA, sábado, 26 de novembro, 2011 
Quem inventou o presépio?, Por que o fez? O que tem a ver São Francisco com a história do presépio? Qual é o significado? Por que esta tradição resiste ao longo do tempo?
Para conhecer e aprofundar a história do presépio e a sua atualidade também no mundo moderno de hoje, ZENIT entrevistou o padre Pietro Messa, diretor da Escola Superior de Estudos Medievais e Franciscanos da Pontifícia Universidade Antonianum, em Roma.
Qual a relação entre São Francisco e o presépio?
Em 1223, exatamente no dia 29 de novembro, o Papa Honório III com a Bula Solet annuere aprovou definitivamente  a Regra dos Frades Menores. Nas semanas seguintes Francisco de Assis dirigiu-se para o eremitério de Greccio, onde expressou seu desejo de celebrar o Natal naquele lugar.
Para uma pessoa do local ele disse que queria ver com os "olhos do corpo" como o menino Jesus, na sua escolha de humilhação, foi deitado numa manjedoura. Portanto, determinou que fossem levados para um lugar estabelecido um burro e um boi – que de acordo com a tradição dos Evangelhos apócrifos estavam junto do Menino - e sobre um altar portátil colocado na manjedoura foi celebrada a Eucaristia. Para Francisco, como os apóstolos viram com os olhos corporais a humanidade de Jesus e acreditaram com os olhos do espírito na sua divindade, assim a cada dia quando vemos o pão e o vinho consagrados sobre o altar, acreditamos na presenção do Senhor no meio de nós.
Na véspera de Natal em Greccio não haviam nem estátuas e nem pinturas, mas apenas uma celebração Eucaristica numa manjedoura, entre o boi e o jumento. Só mais tarde é que este evento inspirou a representação do Natal através de imagens, ou seja, por meio do presépio, no sentido moderno.
Por que fez isso?
Francisco era um homem muito concreto e para ele era muito importante a encarnação, ou seja, o fato de que o Senhor fosse tangível por meio de sinais e de gestos, antes de mais nada, pelos sacramentos. A celebração de Greccio se coloca justamente neste contexto.
Como você explica a popularidade e a disseminação dos presépios?
Francisco morreu em 1226 e em 1228 foi canonizado pelo Papa Gregório IX; desde aquele momento a sua história foi contada, evidenciando a novidade e, graças também à obra dos Frades Menores, a devoção à São Francisco de Assis se espalhou sempre mais em um modo capilar. Como conseqüência também o acontecimento de Greccio foi conhecido por muitas pessoas que desejavam retratá-lo e replicá-lo, passando a apresentar e promover o presépio. Desta forma se tornou patrimônio da cultura e da fé popular.
Qual é o significado e por que a Igreja convida os fiéis a representar, construir, ter presépios em casa e em lugares públicos?
A Igreja sempre deu importância aos sinais, especialmente litúrgico sacramentais, tendo sempre o cuidado de que não terminassem numa espécie de superstição. Alguns gestos foram encorajados porque eram considerados adequados para a propagação do Evangelho e entre esses está justamente o presépio que sua simplicidade dirige toda a atenção à Jesus.
Qual é a relação entre o presépio e a arte? Por que tantos artistas o têm pintado, esculpido, narrado, ....?
Devido à sua plasticidade o presépio presta-se às representações na qual o particular pode se tornar o sinal da realidade quotidiana da vida. E justo esses detalhes da vida humana - os vestidos dos pastores, as ovelhas pastando, o menino preso à saia da mãe, etc - foram representados também como indícios ulteriores do realismo cristão que emana da Encarnação.
O que você acha da devoção popular pelo presépio ainda muito difundida entre o povo? Deve ser estimulada ou limitada?
Como São Francisco cada homem e mulher precisa de sinais; alguns já são incompreensíveis enquanto que outros pela sua simplicidade e imediatismo têm ainda uma eficácia. Entre estes podemos colocar o presépio e, portanto seja sempre bem vinda a sua propagação.
Tendo em conta este debate, sexta-feira, 18 novembro, foi realizada uma reunião na Pontifícia Universidade Antonianum (Hall Jacopone da Todi), com Fortunato lozzelli e Alessandra Bartolomei Romagnoli justamente sobre os lugares de Francisco de Assis na região do Lácio, com particular atenção para o santuário franciscano de Greccio.
Por Antonio Gasperi
Fonte: Zenit.org

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

E o Setembro chegou!



E O SETEMBRO CHEGOU!


Setembro, mês bonito, mês que traz esperança.
Agora que terminou o mês de agosto, que é um mês sufocante, não tanto pelo calor, mas pelas queimadas, ventania, poeira e por essa secura que se vê por todo lado; chegou o setembro e tudo começa modificar-se.

Setembro é o nono mês do ano, e podemos comparar como se fosse o final de uma gestação, que irá desabrochar em vida, alegria e esperança. Os campos começam a ficarem verdes e o verde embeleza os nossos olhos. Passou a aridez, o poeirão e as queimadas, com a chuva percebe-se uma brisa refrescante, e com ela a vida.

Com as primeiras chuvas, o campo revive, nascem os primeiros brotinhos, as folhinhas se abrem e a vida se manifesta. Com setembro também chega a primavera, estação das flores. E nessa estação todas elas se manifestam com seus coloridos e perfumes, os jardins ganham nova vida. Chegou setembro, o pólem fertilizante da vida se faz sentir no ar, ao respirarmos. E com este florescer, chegam as borboletas multicores, as abelhas para sugar o mel, e, os beija-flores em revoadas alimentam-se com o saboroso néctar.

Neste final de setembro, a orquídea que minha esposa plantou no tronco de um pé de romã, que temos em nosso jardim, floriu exuberante, pois, estão abertas treze flores perfumadíssimas, (sim, essas são perfumadas) tão brancas e puras, tal qual as almas dos anjos do céu. É uma maravilha, parece um ramalhete confeccionado. São tão alvas e radiantes que parecem com os belos e brancos cabelos do meu querido pai, que tem hoje oitenta e três anos de vida bem vividos.

Tanto nas florestas e campos, como nas ruas das cidades, as árvores florescem e se enfolham. Os ipês, as sibipirunas, os manacás e outras espécies com suas flores tornam o mundo multicolorido, embelezando o nosso viver. As árvores frutíferas seguem este mesmo ciclo, florescem e dão frutos que, logo irão nos alimentar.

No setor rural, a primavera marca o início do calendário (ano) agrícola. É o mês de transferência das famílias que desejem mudar-se de uma fazenda para outra, e essas mudanças fazem aumentar as esperanças de dias melhores. Nesse mês percebe-se que o clima muda-se completamente. O lavrador começa à trabalhar a terra, prepara-se o solo e lança-se as sementes. Junto com a semeadura ele lança toda sua esperança, e ao mesmo tempo com muita fé (o sertanejo é um homem cheio de fé) lança-se aos braços de Deus suplicando-lhe que seja abençoado em seu trabalho, para que essas sementes possam lhes trazer boas e abundantes colheitas.

Também para o cristão católico o mês de setembro é importante, nele festeja-se o mês da Bíblia, onde as comemorações da palavra de Deus são mais intensas. Oportunidade propícia para lançarmos, em terras férteis de nossos corações, as santas sementes da palavra de Deus. Sabemos que quanto mais se estuda a palavra Sagrada através da Bíblia, mais aumenta a fé, a esperança e a alegria de viver.

Setembro de 2001

Do livro Poemas de um sonhador: Nestor de Oliveira Filho

NOF

sábado, 6 de agosto de 2011

Família, Dom de Deus

Agosto de 2011

Semana Nacional da Família
Família, Pessoa e Socieadade
Com a Semana Nacional, a Igreja quer, uma vez mais, salientar a importância da família, que, talvez mais que outras instituições, tem sido colocada em questão pelas amplas, profundas e rápidas transformações da sociedade e da cultura. Por isso, é fundamental um olhar atento dirigido à família, patrimônio da humanidade. O contexto atual exige da nossa ação evangelizadora um profundo ardor missionário para ajudar as famílias à não perderem de vista a sua missão primordial de ser a primeira escola das virtudes sociais de que as sociedades têm necessidade. A família participa decisivamente no desenvolvimento da sociedade. É o lugar privilegiado para forjar no coração do homem os valores perenes, sejam eles espirituais ou civis.


terça-feira, 14 de junho de 2011

Arqueólogos poderiam ter encontrado o retrato mais antigo de Jesus




Roma, 05 Abr. 11 / 01:54 pm (ACI)


Especialistas na Inglaterra e na Suíça analisam umas lâminas de bronze encontradas na Jordânia que poderiam conter o retrato mais antigo de Jesus, ao mostrar o rosto de um homem com uma coroa de espinhos e a inscrição "Salvador de Israel".


Conforme informa o jornal britânico Daily Mail, os 70 códices de bronze foram encontrados entre os anos 2005 e 2007 em uma colina com vista ao Mar da Galiléia. As peças atualmente são avaliadas sob estrita confidencialidade por peritos na Inglaterra e Suíça para determinar sua antigüidade e procedência, mas se estima que datariam do século I da era cristã.


O códice mais chamativo tem o tamanho de um cartão de crédito, está selado por todos lados e oferece uma representação em três dimensões de uma cabeça humana.


O dono dos códices é Hassan Saida, um caminhoneiro beduíno que vive na aldeia árabe de Umm Al-Ghanim, Shibli. Ele negou-se a vender as peças e só cedeu duas amostras para que sejam analisadas no exterior.


Segundo o jornal, as peças foram encontradas originalmente em uma cova da cidade de Saham na Jordânia. A cova está a menos de 160 quilômetros de Qumran, a zona onde se acharam os famosos papiros do Mar Morto, uma das evidências mais famosas da historicidade do Evangelho.

Fonte: http://acidigital.com/noticia.php?id=21521

terça-feira, 7 de junho de 2011

O Céu de Colina




O céu de Colina é mais lindo

Amigos, todas as vezes que visito Colina (SP) me entusiasmo e me emociono. Tanto por rever os meus queridos e matar aquela saudade dorida, como por rever o esplendor da imensidão divisando a terra e o céu. Numa palavra, me extasio ao olhar o céu de Colina. Não existe céu mais lindo que este!

Dias atrás trocando mensagens com o amigo Padre José Pedro Batista, quando ele, enaltecendo sua querida Itararé (SP) e cantando amores pela sua terra natal, pelo seu sítio e pela casa onde ele nasceu e viveu sua infância e juventude, e (ele) vendo também com que amor e carinho eu trato e tento divulgar com poesias e canto a minha querida Colina; enviou-me esta mensagem:

Caro amigo Nestor, agradeço-lhe pelo comentário que fez pela maneira que trato minha terra. E concordo com sua observação de que o "céu de nossa terra parece mais bonito". E tenha certeza de que o nosso céu natalino é mais bonito porque ele é mais do que uma beleza estética, mas uma beleza que condensa uma reserva de sentido existencial em todas as dimensões humana, sobretudo sócio-político-religiosa, que desperta em nós o sentido da pertença, da relação de poder a que nos envolvemos e das razões que nos motiva a viver. Por isso o céu de Colina sempre será o Santuário onde Deus se manifestou com amor pleno para o senhor e para todos que lá nasceram. Deus abençoe e proteja o senhor e sua família. Com carinho.
Padre José Pedro Batista (Vigário Paroquial na Grande São Paulo)

Nestor de Oliveira Filho - 01/06/2008 


sábado, 12 de março de 2011

ORAÇÕES





VEJA A IMPORTÂNCIA DA ORAÇÃO
PELA ORAÇÃO É QUE PODEMOS “DESCERNIR QUAL É A VONTADE DE DEUS” ((CIC. pg 632)( Rm 12,2; EF 5,17; Mt 6,9))Vigiai e Orai. (Mt 13,33)
Vigiai e orai para não cairdes em tentação. (Mc 14,38)
Quem reza se salva, quem não reza, certamente se condena. (Sto. Afonso de Ligório)
Perseverai assiduamente na oração... (Cl 42)
Minha casa será chamada casa de oração. (Mt 21,13)
Saber viver é saber rezar. (Sto. Agostinho)
Uma grande missão foi dada ao homem: Rezar e Amar. (S. João Vianney)
Passou a noite toda em oração. (Lc 6,12)

ORAÇÃO DA MANHÃ E DA NOITE (FAÇA-AS TODOS OS DIAS)
Em nome do Pai, do filho e do Espírito Santo. Amém.
REZAR → Pai Nosso, Ave Maria e Glória.

Meu Deus, creio que estais aqui presente; adoro-vos e vos amos de todo o meu coração; dou-vos infinitas graças por me haverdes criado e feito nascer do grêmio da Igreja Católica, por me haverdes conservado até hoje, preservado de tantos males e de uma morte repentina.
Em união com os merecimentos de Jesus Cristo, de Sua Mãe Santíssima e de todos os santos, Vos ofereço tudo o que Vos posso oferecer hoje e sempre, pensamentos, palavras, atos, tudo o que me acontecer na vida e a morte. Seja feita a Vossa vontade.
E com esta oferta, quero Vos adorar e agradecer, reparar os pecados, pedir perdão, a perseverança final e todas as graças; faço intenção de receber tudo o que puder receber de Vós.
Acolhei minha oferta Senhor. Amém.

HINO DE LOUVOR
Glória a Deus nas alturas, e paz na terra aos homens por ele amados. Senhor Deus, rei dos céus, Deus pai todo poderoso. Nós vos louvamos, nós vos bendizemos, nós vos adoramos, nós vos glorificamos, nós vos damos graças por vossa imensa glória. Senhor Jesus Cristo, Filho unigênito. Senhor Deus, Cordeiro de Deus, Filho de Deus Pai. Vós que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós. Vós que tirais o pecado do mundo, acolhei a nossa súplica. Vós que estais à direita do Pai, tende piedade de nós. Só vós sois o Santo. Só vós o Senhor. Só vós o Altíssimo, Jesus Cristo, com o Espírito santo, na glória de Deus Pai! Amém!

CONSAGRAÇÃO AO DIVINO ESPÍRITO SANTO
Ó Espírito Santo, Divino Espírito de luz e de amor, eu vos consagro a minha inteligência, o meu coração, a minha vontade e todo o meu ser, no tempo e na eternidade.
Que a minha inteligência seja sempre dócil às vossas celestes inspirações e à doutrina da Santa Igreja Católica, de que sois guia infalível.
Que o meu coração seja inflamado do amor de Deus e do próximo.
Que a minha vontade seja sempre conforme a vontade divina, e que toda a minha vida seja uma imitação fiel da vida e das virtudes de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, a quem, com o Pai e convosco sejam dadas honra e glória para sempre. Amém.

CONSAGRAÇÃO A MARIA SANTÍSSIMA
Ó Senhora minha, ó minha Mãe! Eu me ofereço todo a vós, e, em prova da minha devoção para convosco, vos consagro meus olhos, meus ouvidos, minha boca, meu coração e inteiramente todo o meu ser. E como assim sou vosso, ó boa Mãe, guardai-me, defendei-me, como coisa e propriedade vossa.

PROCLAMAÇÃO DO DÓGMAS MARIANOS
1º Maternidade Divina “Mãe de Deus” – Proclamado em 431 no concilio de Éfeso
2º Virgindade “Maria Virgem e Mãe” – Proclamado em 649 no concílio de Latrão
3º Imaculada Conceição – Proclamado em 1854 pelo Papa Pio IX
4º Assunção de Maria ao Céu – Proclamado em 1950 pelo Papa Pio XII

SANTO ANJO DO SENHOR
Santo Anjo do Senhor, meu zeloso guardador, já que a ti me confiou à piedade Divina, sempre me reja e guarde, governe e ilumine. Amém.
Rezar o Credo e Salve Rainha.


Divino Coração de Jesus tende piedade de nós.

Doce coração de Maria sede nossa salvação..
Guarda-te de jamais fazer a outrem, o que não quererias que te fosse feito (Tobias 4,16)
Tudo que quereis que os homens vos façam, fazei-o vós a eles (Mt 7,12)

Memorize e viva isto

SALMO 50 (51)Tende piedade de mim, Senhor, segundo a vossa bondade. E conforme a imensidade de vossa misericórdia, apagai a minha iniqüidade. Lavai-me totalmente de minha falta, e purificai-me de meu pecado. Eu reconheço a minha iniqüidade, diante de mim está sempre o meu pecado. Só contra vós pequei, o que é mau fiz diante de vós. Vossa sentença assim se manifesta justa, e reto o vosso julgamento. Eis que nasci na culpa, minha mãe concebeu-me no pecado. Não obstante, amais a sinceridade de coração. Infundi-me, pois, a sabedoria no mais íntimo de mim. Aspergi-me com um ramo de hissope e ficarei puro. Lavai-me e me tornarei mais branco do que a neve. Fazei-me ouvir uma palavra de gozo e de alegria, para que exultem os ossos que triturastes. Dos meus pecados desviai os olhos, e minhas culpas todas apagai. Ó meu Deus, criai em mim um coração puro, e renovai-me o espírito de firmeza. De vossa face não me rejeiteis, e nem me priveis de vosso santo Espírito. Restituí-me a alegria da salvação, e sustentai-me com uma vontade generosa. Então aos maus ensinarei vossos caminhos, e voltarão a vós os pecadores. Deus, ó Deus, meu salvador, livrai-me da pena desse sangue derramado, e a vossa misericórdia a minha língua exaltará. Senhor, abri meus lábios, a fim de que minha boca anuncie vossos louvores. Vós não vos aplacais com sacrifícios rituais; e se eu vos ofertasse um sacrifício, não o aceitaríeis. Meu sacrifício, ó Senhor, é um espírito contrito, um coração arrependido e humilhado, ó Deus, que não haveis de desprezar. Senhor, pela vossa bondade, tratai Sião com benevolência, reconstruí os muros de Jerusalém. Então aceitareis os sacrifícios prescritos, as oferendas e os holocaustos; e sobre vosso altar vítimas vos serão oferecidas.

AS BEM AVENTURANÇAS EVANGÉLICAS (Mt 5,1-12)Pai Nosso...
Bem-aventurados os que têm um coração de pobre, porque deles é o Reino dos céus! Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados! Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra! Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados! Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia! Bem-aventurados os puros de coração, porque verão Deus! Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus! Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos céus!

OBRAS DE MISERICÓRDIAAs corporais são estas:1ª Dar de comer a quem tem fome
2ª Dar de beber a quem tem sede
3ª Vestir os nus
4ª Dar pousada aos peregrinos
5ª Visitar os enfermos e encarcerados
6ª Remir os cativos
7ª Enterrar os mortos

As espirituais são estas:1ª Dar bom conselho
2ª Ensinar os ignorantes
3ª Castigar os que erram
4ª Consolar os aflitos
5ª Perdoar as injúrias
6ª Sofrer com paciência as fraquezas do próximo
7ª Rogar a Deus pelos vivos e defuntos

MANDAMENTOS DA LEI DE DEUS1º Amar a Deus sobre todas as coisas.
2º Não tomar seu Santo Nome em vão.
3º Guardar os Domingos e Festas.
4º Honrar pai e mãe.
5º Não matar.
6º Não pecar contra a castidade.
7º Não furtar.
8º Não levantar falso testemunho.
9º Não desejar a mulher do próximo.
10º Não cobiçar as coisas alheias.

MANDAMENTOS DA IGREJA1º Participar ativa e piedosamente da missa aos domingos e Festas de Guarda.
2º Confessar-se ao menos uma vez ao ano.
3º Comungar ao menos uma vez ao ano pela Páscoa da Ressurreição.
4º Fazer penitência conforme estabelece a Santa Igreja.
5º Pagar dízimos segundo o costume.

MATEUS CAPÍTULO 16 VERSÍCULOS 18 E 19.E Eu te declaro: Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão sobre ela. Eu te darei as chaves do reino dos céus, e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra, será desligado nos céus.
Pedro - 1º Papa, confira Jo 21,15-17

Com aprovação Eclesiástica.
Texto: Elaborado por Dom Eduardo Koaik – Bispo de Piracicaba SP

NOF

sábado, 5 de março de 2011

A Família


A Família

Você já parou algum dia para pensar como funciona uma colméia? Já se deu conta de que nela tudo é ordem, disciplina, preocupação pelo todo?

A colméia é formada por células de cera, que se contam aos milhares. Em algumas dessas células existem ovos ou larvas de abelha. Outras servem como depósitos de pólen e de mel. Essas são os favos de mel.
Numa colméia podem existir até 70 mil abelhas, que exercem diferentes funções.
As operárias são as que alimentam as larvas, cuidam da colméia, trazem comida para todos os habitantes da comunidade. Elas começam como faxineiras, limpando as células onde estão os ovos. Depois produzem a geléia real que serve para alimentar as abelhas mais jovens e a rainha. Também trabalham como babás alimentando as abelhinhas mais crescidas com pólen e mel.
Com dez dias de vida elas se tornam construtoras. Começam a produzir cera, que lhes permite construir e remendar as células da colméia.
A rainha tem como tarefa botar ovos, dos quais sairão as operárias, os zangões e as novas rainhas. No verão chega a botar em um só dia 1.500 ovos.
O zangão, desde que nasce, tem por tarefa a procriação com a rainha. Depois morre.
Tudo na colméia reflete ordem, equilíbrio.
As operárias são também as que saem da colméia para buscar a matéria prima de que necessitam. Estranhamente, elas nunca se enganam no caminho de volta para casa, para onde retornam com sua preciosa carga.
Embora sua vida seja curta, de cinco semanas apenas, elas não se cansam de trabalhar, sem cansaço, pelo bem-estar de toda a equipe.

Podemos pensar na família como uma colméia racional. Cada um tem sua tarefa a cumprir, visando o crescimento da pequena coletividade, como exige o lar.
E todos são importantes no desempenho do grupo doméstico.
É no seio da família, na intimidade do lar, que se vão descobrir operárias incansáveis, trabalhando sem cessar, não se importando consigo mesmas. Em constante processo de doação.
É na família que se aprende a transformar o fel das dificuldades, as amarguras das incompreensões no mel das atenções e do entendimento.
É ali que se exercita a cooperação. Afinal, como a família é uma comunidade, há necessidade de ajuda mútua.
Quando a família enfrenta as dificuldades com união, cresce e supera problemas considerados insolúveis.
Para que a família progrida no todo, cada um deve se conscientizar de sua tarefa e realizá-la com alegria.
É por este motivo que as crianças devem ser incentivadas, desde cedo, a pequenas tarefas no lar.
Retirar os pratos da mesa, lavar a louça, aquecer a mamadeira do menorzinho.
Renúncia a um pequeno lazer para satisfazer o outro. Nem que seja somente a satisfação da companhia ou de um diálogo amistoso.
Se na colméia familiar reinar o amor, conseguiremos com certeza ter elementos para uma atuação segura, verdadeiramente cristã, junto à família maior, na imensa colméia do mundo.
(Autor desconhecido)

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

As Origens da celebração do Natal


As Origens da celebração do Natal

Autor: Rafael de Mesquita DiehlPublicação original: Dezembro de 2008

A solenidade do Natal, isto é, a celebração do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo, é uma das celebrações mais importantes da Santa Igreja. Contudo, não é a solenidade mais antiga (a solenidade mais antiga é, certamente, a Páscoa da Ressurreição), sendo que a uniformidade de sua celebração é posterior ao século IV. Pretendemos aqui apresentar brevemente as origens e o significado dessa importante solenidade.
I- As Origens da Celebração da Natividade do Senhor
A celebração do Natal, conforme podemos auferir pelos registros históricos, surge no século IV a partir dos principais bispados da época, embora não celebrassem na mesma data. Ao que as fontes indicam, a data do nascimento de Cristo era desconhecida dos primeiros cristãos, sendo que nem as Sagradas Escrituras, nem os Padres Apostólicos citam uma data certa.
São Clemente de Alexandria (morto em 215) relata que os escritores de seu tempo estabeleceram diversas datas como sendo a do nascimento de Jesus, embora critique essas suposições como curiosidade. Ao que tudo indica, a Natividade de Cristo ainda não era celebrada.[1]
Em Alexandria (cidade localizada no Egito - um dos bispados mais antigos, cujo primeiro bispo foi o Apóstolo São Marcos), no III século, tornou-se costume a celebração da Natividade de Cristo junto com a festa da Epifania, isto é, por volta de 6 de Janeiro. Ainda nos tempos do Concílio de Nicéia (ocorrido em 325), nas Constituições da Igreja de Alexandria lê-se dies Nativitatis et Epiphaniae (“Dia da Natividade e da Epifania”), o que indica que tais festas ainda eram celebradas conjuntamente. Contudo, entre os anos de 427 e 433 a data da celebração no Egito passou a ser o dia 25 de dezembro, conforme podemos observar pelos sermões de São Cirilo, Bispo de Alexandria e de outros autores da época. [2]
Santo Epifânio (morto em 403), que foi bispo de Salamina na Ilha de Chipre, menciona a data do nascimento de Cristo como sendo em 6 de Janeiro (Hær., li, 16, 24 en P.G., XLI, 919, 931), o que nos permite deduzir que em Chipre também tinha-se o costume de celebrar o Natal juntamente com a Epifania. Tal é o caso também da Armênia. Santo Éfrem, o Sírio (morto em 373) relata que na Mesopotâmia celebrava-se o nascimento de Cristo treze dias após o solstício de inverno (6 de janeiro). Segundo os sermões de São Gregório de Nissa (morto em 395) datados de 380, o Natal já era celebrado no dia 25 de dezembro durante essa época na região da Ásia Menor (P.G., XLVI, 788; cf, 701, 721), assim como afirmam outros contemporâneos da mesma região.[3]
Em Jerusalém (cujo primeiro bispo foi o Apóstolo São Thiago), por volta de 385, relatos mostram que a Natividade era comemorada no dia 6 de janeiro. Embora tenha havido algumas correspondências entre o bispo São Cirilo de Jerusalém (morto em 386) e o Papa São Júlio I (morto em 352) sobre uma possível mudança da data da celebração do Natal (estabelecida pelo Papa para 25 de dezembro), não foi efetuada nenhuma mudança por Cirilo. Talvez isso esteja ligado ao fato de que São Gregório Nazianzeno estava sendo criticado por ter “dividido as duas festas” (isto é, ter estabelecido a data do Natal em 25 de dezembro, separada da Epifania de 6 de janeiro) em Constantinopla. Contudo houve críticas também no sentido contrário. São Jerônimo de Strídone criticara, em um escrito de 411, o fato de Jeursalém “ocultar” a celebração do Natal ao festeja-la junto com a Epifania (en Ezeq., P.L., XXV, 18). Jerusalém apoiava sua tradição de celebrar as duas festas conjuntamente baseados na suposição de que Jesus teria sido batizado no dia de seu aniversário, conforme deduziam a partir do relato do Evangelho de São Lucas III, 23. [4]
Em Antioquia (cidade localizada na Síria, onde o Apóstolo São Pedro foi Bispo antes de tornar-se Bispo de Roma), São João Crisóstomo (morto em 407), quando ainda era Presbítero defendera a mudança da data da celebração do Natal para o dia 25 de dezembro, o que já era costume para parte da comunidade antioquina. Crisóstomo conseguiu introduzir este novo costume em Antioquia e em toda a região próxima [5], baseando-se em algumas suposições calculadas sobre a data em que São Zacarias recebeu o anúncio do Anjo Gabriel enquanto oficiava no Templo de Jerusalém. [6]
Em Constantinopla (cuja algumas tradições consideram ter sido o Apóstolo Santo André seu primeiro Bispo), a celebração do Natal no dia 25 de dezembro foi introduzida por São Gregório Nazianzeno, entre 379 e 380. Contudo, a celebração nesta data desapareceu após o desterro de Gregório em 381. Alguns escritos também sugerem que a data de 25 de dezembro foi introduzida em Constantinopla novamente pelo Imperador Arcádio e por São João Crisóstomo, nomeado Bispo da dita cidade, embora essa informação seja mais incerta.
Ao que tudo indica, em Roma o Natal, desde que começou a ser festejado, sempre fora celebrado no dia 25 de dezembro. Um dos registros mais antigos nesse sentido é a Depositio Martyrum de Filocálio, uma espécie de calendário litúrgico da época, datado de 354. [7] Nele podemos ler VIII kal. ian. natus Christus in Betleem Iudeae (“[No] oitavo [dia das] calendas de janeiro [isto é, 25 de dezembro] nasce Cristo em Belém da Judéia”). Existem referências a essa data também em um manuscrito de Santo Hipólito de Roma (morto em 235), embora alguns estudiosos julguem ser as menções a essa data contidas no escrito de Hipólito como interpolações posteriores. [8] Assim, é mais seguro afirmar que a celebração do Natal em Roma existe a partir do século IV. Também o discurso do Papa São Libério em 353 durante a cerimônia de velatio de Santa Marcelina, irmã de Santo Ambrósio de Milão (morto em 397) faz menção a data de 25 de dezembro. Tal discurso está reproduzido no tratado de Virginibus escrito por Ambrósio 23 anos depois. [9] As referências neste caso, contudo, são implícitas e não tão certas quanto as da Depositio Martyrum, embora a proximidade com este texto possa favorecer a hipótese de que o discurso do Papa mencionava de fato a celebração do Natal do Senhor.

II- A fixação da data do Natal em 25 de dezembro
Como vimos, ao longo do século IV, a maioria das principais dioceses acabou por introduzir em suas regiões de influência a celebração do Natal no dia 25 de dezembro, separado da festa da Epifania, celebrada no dia 6 de janeiro. Segundo Cyril Martindale na Enciclopédia Católica, a data de 25 de dezembro foi trazida de Roma ao Oriente durante o reavivamento anti-ariano pelos defensores da ortodoxia Católica. [10]
Como se deu a fixação dessa data? Monsenhor Mario Righetti aponta duas principais hipóteses levantadas pelos liturgistas. A primeira hipótese defendida principalmente por Usener e Botte, defende que a fixação da date em 25 de dezembro está relacionada com a festividade pagã do Natalis Invicti, isto é, a celebração do nascimento da divindade pagão do Sol Invictus (“Sol Vitorioso”) ou o deus Mitra. Defendem esses estudiosos que tal fixação de data deu-se para substituir a festa pagã do Sol Invicto por uma solenidade Cristã. De fato, a Igreja sempre procurou dar novo significado às festas pagãs, tirando-lhes o sentido pagão e substituindo por uma significação cristã. Em outras palavras, uma “cristianização” da festa pagã. Contudo, embora os Santos Padres usem o sol e o nascer do sol como símbolos de Cristo e de sua renovação no mundo e nos homens, esta analogia parece ter sido tomada do Livro de Malaquias [11] e não de alguma associação com a divindade solar pagã. Também não há nenhum registro da época que mencione explicitamente a instituição da celebração do Natal de Cristo no dia 25 de dezembro com a intencionalidade de substituição da festa pagã. [12]
A segunda hipótese, defendida por Duchesne, sugere que a fixação da data deu-se por razões astronômicas e suposições de que Cristo teria se morrido no mesmo dia da Encarnação. Sendo assim, Cristo teria sido concebido em um dia 25 de março e nascido em 25 de dezembro. Embora a primeira hipótese seja mais aceita pelos liturgistas modernos, Righetti concilia as duas hipóteses como complementares: “Observando bem, não obstante, as duas teorias poderiam completar-se mutuamente. As autoridades eclesiásticas, desejosas de substituir uma festa cristã à festa solar de 25 de dezembro, encontraram no sincronismo das duas festas (25 de março, 25 de dezembro) um motivo a mais para por a comemoração e celebração do nascimento de Cristo.” [13]
Ao fixar-se a celebração do Natal, a Igreja também fixou no calendário litúrgico as festas da Circuncisão de Cristo, Apresentação de Cristo no Templo, da Anunciação do Anjo à Virgem Maria e mesmo do Nascimento e Concepção de São João Batista. Até o século X, o Natal era considerado o início do ano litúrgico, mas depois surgiu o tempo litúrgico do Advento, de preparação para a solenidade do Natal. [14]

III- O dia 25 de dezembro como a data real do nascimento de Jesus
Conforme demonstrado, a celebração do Natal no dia 25 de dezembro surgiu em Roma por volta do século IV. Contudo, estudos recentes mostram que a decisão pode ter sido menos arbitrária do que parece. Baseados na revisão dos cálculos do historiador judeu Flávio Josefo (morto por volta de 100 d.C.) e comparação com outros cálculos de datações da época, estudiosos mostram que é muito possível a hipótese de que o monge Dionísio, o Exíguo estivesse certo ao estabelecer em 532 que a data do nascimento de Cristo tinha se dado no VIII dia das Calendas de Janeiro do ano 754 da fundação de Roma. Tal data corresponde ao dia 25 de dezembro do ano 1 a.C. [15]
Outro estudo, realizado por Shemarjahu Talmon, docente da Universidade Hebraica de Jerusalém, conseguiu através de consultas aos manuscritos de Qumran calcular a data em que a classe sacerdotal de Abias (a qual pertencia São Zacarias, pai de São João Batista) oficiava a Liturgia no Templo de Jerusalém. A classe de Abias servia duas vezes ao ano, sendo uma delas na última semana de setembro. “Eis, portanto, como aquilo que parecia mítico assume, improvisamente, uma nova verosimilhança - Uma cadeia de acontecimentos que se estende ao longo de 15 meses: em Setembro o anúncio a Zacarias e no dia seguinte a concepção de João; seis meses depois, em Março, o anúncio a Maria; três meses depois, em Junho, o nascimento de João; seis meses depois, o nascimento de Jesus. Com este último acontecimento, chegamos precisamente ao dia 25 de Dezembro; dia que não foi, portanto, fixado ao acaso.” [16] Desta forma, não só mostra que Cristo nasceu possivelmente no dia 25 de dezembro, como mostra uma compatibilidade com as demais datas de festas litúrgicas da Igreja conectadas com esse acontecimento.
Esta última hipótese torna-se ainda mais interessante se recordarmos que São João Crisóstomo usou de uma hipótese semelhante para introduzir a data de 25 de dezembro como a da celebração do Natal na diocese de Antioquia, quando ainda era apenas um presbítero nesta diocese.

IV- O significado do Natal
Cumpre-nos agora, a título de conclusão, refletir sobre o significado dessa importante solenidade cristã. Havia, nos anos que antecederam o nascimento de Jesus, uma expectativa muito grande pela vinda do Messias, o Rei e Salvador prometido por Deus ao Seu Povo. Vários profetas já haviam falado de sua vinda. E eis que um anjo de Deus é enviado a uma pequena cidade da Galiléia, Nazaré, para anunciar a uma jovem virgem que ela traria em seu ventre o Filho de Deus. Esta jovem é a Bem-aventurada e Sempre Virgem Maria.
O nascimento de Cristo foi muito importante, pois com ele, o Senhor Jesus iniciaria Sua obra de Redenção do Gênero humano. Tal acontecimento foi permeado de diversos sinais miraculosos. Primeiramente a própria concepção milagrosa de Cristo, nascido de uma Virgem e concebido sob o poder do Espírito Santo, sem o auxílio de varão. Junto à isso a aparição de um anjo à Virgem. Depois, a estrela que mostrou o local do nascimento do Senhor.
Muitas seitas protestantes acusam o Natal de ser uma festa pagã, devido à hipótese de que a festa teria sido instituída pela Santa Igreja para substituir a festividade pagã de Mitra ou do Sol Invicto. Carece de logicidade argumentar que uma festa tem sentido pagão apenas pela coincidência das datas. Analisemos, então, o sentido de se festejar o nascimento de Cristo.
A Sagrada Escritura nos mostra que o nascimento de Jesus foi um motivo de grande júbilo não somente para os judeus, mas também para os pagãos. Tanto os pastores judeus de Belém, quanto os magos pagãos do Oriente foram à estrebaria adorar o Menino Deus recém-nascido. Como pode ser anti-cristão festejar o nascimento do Senhor se até mesmos os anjos cantaram a Glória de Deus, desse Deus que havia nascido segundo a carne? Acaso não imitam os cristãos os santos anjos do Deus ao festejarem com júbilo o nascimento de Seu Filho e Senhor Nosso?
Vimos anteriormente que muito é possível que a data real do nascimento de Nosso Senhor tenha sido de fato no dia 25 de dezembro. Mas consideremos, por um breve momento, que a data ainda seja incerta ou desconhecida e que a data fora estabelecida para substituir a festa pagã do deus Mitra. Isso altera o sentido do Natal cristão? Os cristãos celebram o Natal cientes de que o fazem comemorando o nascimento de Cristo e não de uma divindade antiga cujo culto jaz extinto desde a Antigüidade Tardia.
Ao estabelecer a data do Natal no dia do deus Sol (ou, poderíamos dizer, Cristo, ao nascer coincidentemente no mesmo dia da festividade pagã da divindade solar) a Igreja mostra que Cristo ao nascer ensinou os pagãos a não adorarem mais o sol físico, mas a adorar Aquele que é o verdadeiro “Sol da Justiça”, Jesus Cristo. Isso é exposto de maneira brilhante em um trecho da Liturgia de rito bizantino do Natal: “Teu nascimento, ó Cristo, nosso Deus, fez brilhar no mundo a luz da Sabedoria; e, graças a uma estrela, aqueles que adoravam os astros aprenderam a adorar-te, Sol de Justiça, e ao conhecer em Ti o Oriente que vem do alto: Glória a Ti, Senhor.” [17]
Neste Natal, e em todos os demais, portanto, munamo-nos dos mesmos sentimentos e da mesma Fé com que os pastores e magos foram à manjedoura. Jubilemos e glorifiquemos a Deus como os anjos do Céu e rendamos Graças ao Senhor por ter descido dos Céus e para nossa Salvação ter se feito homem. Não há para nós maior presente do que Cristo. Deus se faz homem para remir-nos do império do pecado. Este é, de fato, nosso verdadeiro presente de Natal!

Christus natus est! Gloria in excelsis Deo!
Rafael de Mesquita Diehl, 17 de Dezembro de 2008, III semana do Advento.

[1] RIGHETTI, Mons. Mario. Historia de la Liturgia. Tomo I. Parte III. Disponível em holytrinitymission.org.
[2] MARTINDALE, Cyril. Verbete Navidad na Enciclopédia Católica. Disponível em ec.aciprensa.com.
[3] Idem, Ibidem.
[4] Ibid.
[5] Ibid.
[6] Segundo essa suposição, “Zacarias, que era sacerdote, entrou no Templo no Dia da Expiação, recebendo o anúncio da concepção de João, por conseguinte, foi em setembro; seis meses depois, Cristo foi concebido, ou seja, em Março, nascendo em Dezembro.” Para tanto, vide o Verbete Navidad da Enciclopédia Católica, anteriormente citado. Estudos recentes mostram que as suposições de São João Crisóstomo não eram completamente infundadas. Voltaremos a nos deter sobre esse aspecto mais adiante.
[7] RIGHETTI, Op. Cit. Em holytrinitymission.org.
[8] MARTINDALE, Op. Cit. Em ec.aciprensa.com.
[9] RIGHETTI, Op. Cit.
[10] MARTINDALE, Op. Cit.
[11] “Mas, sobre vós que temeis o meu nome, levantar-se-á o sol de justiça que traz a salvação em seus raios. Saireis e saltareis, livres como os bezerros ao saírem do estábulo.” Malaquias III, 20.
[12] RIGHETTI, Op. Cit.
[13] Idem, Ibidem.
[14] MARTINDALE, Op. Cit.
[15] Trata-se de um estudo complexo envolvendo vários cálculos e diferentes sistemas de datações da Antigüidade. Para maiores informações vide SUNGENIS, Robert A. Boas Novas – Jesus Cristo nasceu mesmo em 25 de dezembro do ano 1 a.C. Disponível em Veritatis Splendor.
[16] MESSORI, Vittorio. Jesus nasceu mesmo num dia 25 de dezembro... Disponível em Veritatis Splendor.
[17] Citado em STEPHAN, Pe. Elie K. A História do Natal. Disponível em Ortodoxia Brasil. Aviso: Este site pertence a fiéis da Igreja Ortodoxa, que não mantém comunhão com o Papa, portanto, cismática. O presente texto, contudo, não contém nada que contrarie a Doutrina Católica.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

O Médico dos médicos


(Sagrado Coração de Jesus)
Mensagem lida na formatura do Curso de Medicina da PUC-PR /2010.
Boa noite a todos!
Hoje estou aqui para prestar uma homenagem ao primeiro, maior e melhor médico da história da humanidade!
Deus é esse médico, o médico dos médicos, e o mais excelente conhecedor do corpo humano. Todas as células e tecidos, órgãos e sistemas, foram arquitetados por Ele, e Ele entende e conhece a sua criação melhor do que todos.
Que médico mais excelente poderia existir?
Deus é o primeiro cirurgião da história. A primeira operação? Uma toracoplastia, quando Deus retirou uma das costelas de Adão e dela formou a mulher.
Ele também é o primeiro Anestesista, porque antes de retirar aquela costela fez um profundo sono cair sobre o homem.
Deus é o melhor Obstetra especialista em fertilização que já existiu! Pois concedeu filhos a Sara, uma mulher que além de estéril, já estava na menopausa havia muito tempo!
Jesus, o filho de Deus, que com Ele é um só, é o primeiro pediatra da história, pois disse: “Deixem vir a mim as crianças, porque delas é o reino de Deus!”
Ele também é o maior reumatologista, pois curou um homem que tinha uma mão ressequida, ou, tecnicamente uma osteoartrite das articulações interfalangeanas.
Jesus é o primeiro oftalmologista, relatou em Jerusalém, o primeiro caso de cura em dois cegos de nascença.
Ele também é o primeiro emergencista a realizar, literalmente, uma ressuscitação cardio-pulmonar bem sucedida, quando usou como desfibrilador as suas palavras ao dizer: “Lázaro, vem para fora!”, e pelo poder delas, ressuscitou seu amigo que já havia falecido havia 4 dias.
Ele é o melhor otorrinolaringologista, pois devolveu a audição a um surdo. Seu tratamento? O poder de seu amor.
Jesus também é o maior psiquiatra da história, há mais de 2 mil anos curou um jovem com graves distúrbios do pensamento e do comportamento!
Deus também é o melhor ortopedista que já existiu, pois juntou um monte de ossos secos em novas articulações e deles fez um grande exército de homens. Sem contar quando ele disse a um homem coxo: “Levanta, toma a tua maca e anda!”, e o homem andou! O tratamento ortopédico de quadril mais efetivo já relatado na história!
A primeira evidência científica sobre a hanseníase está na Bíblia! E Jesus é o dermatologista mais sábio da história, pois curou instantaneamente 10 homens que sofriam desta doença.
Ele também é o primeiro hematologista, pois com apenas um toque curou a coagulopatia de uma mulher que sofria de hemorragia havia mais de 12 anos e que tinha gastado todo o seu dinheiro com outros médicos em tratamentos sem sucesso.
Jesus é ainda, o maior doador de sangue do mundo. Seu tipo sanguíneo? O negativo, ou, doador universal, pois nesta transfusão, Ele, ofereceu o seu próprio sangue, o sangue de um homem sem pecado algum, por todas as pessoas que tinham sobre si a condenação de seus erros, e assim, através da sua morte na cruz e de sua ressurreição, deu a todos os que o recebem, o poder de se tornarem filhos de Deus! E para ter este grande presente, que é a salvação, não é necessário FAZER nada, apenas crer e receber!
O bom médico é aquele que dá a sua vida pelos seus pacientes! Ele fez isso por nós!
Ele é um médico que não cobra pelos seus serviços, porque o presente GRATUITO de Deus é a vida eterna!
No seu consultório não há filas, não é necessário marcar consulta e nem esperar para ser atendido, pelo contrário, Ele já está à porta e bate, e aquele que abrir a seu coração para Ele, Ele entrará e fará uma grande festa! Não é necessário ter plano de saúde ou convênio, basta você querer e pedir! O tratamento que ele oferece é mais do que a cura de uma doença física, é uma vida de paz e alegria aqui na terra e mais uma eternidade inteira ao seu lado no céu!
O médico dos médicos está convidando você hoje para se tornar um paciente dele, e receber esta salvação e constatar que o tratamento que Ele oferece é exatamente o que você precisa para viver!
Ele é o único caminho, a verdade e a vida. Ninguém pode ir até Deus a não ser por Ele.
Seu nome é Jesus.

A este médico seja hoje o nosso aplauso e a nossa sincera gratidão!
(autor desconhecido)